sexta-feira, novembro 26, 2010

Alguns anos depois...

Antes mesmo que o asfalto chegasse à estas paragens, a modernidade dava sinais de ordem: sigam-me ou fiquei no esquecimento.Por esta época as linhas férreas e suas locomotivas além de um belo cartão postal, eram uma opção mais realista para aquele tempo. Mineiramente falando: não trocar o certo pelo duvidoso. 
A modernidade veio a galope, o asfalto enegreceu as vertentes das minas, que da cor amarela de ouro, verde das matas e vermelha de chão, passou aos poucos a se "enrussar", ficando num tom cinza envelhecido.
E a modernidade foi chegando, chegando e em alguns lugares passando...
Aqui, por aqui nestas paragens dos coronéis, encontrou uma barreira forte, onde a palavra empenhada era lei e feita cumprir a poder de bala. "Ouça quem tem juízo e cumpra quem quiser se manter vivo"
E assim se fez e permaneceu até bem pouco, a modernidade contra a politica coronelista. Asfalto X Fumaça. 
E agora já com seus 109 anos, a jovem moça/senhora Guaranésia deixa muitos a pensar em como comemorar: fumaça X empoeiramento. Festas aos invés de festejos.
E não há tanto a que comemorar, pois o pouco que ainda resta desta histórias estão por se perder, assim como nossas alamedas construídas por mãos de escravos brancos. Nossos homens de memória aos poucos se calam para sempre deixando cada vez mais mais histórias incompletas e fragmentadas as lembranças felizes de uma época que foi áurea, no sentido de luzir, mas foi responsável pelo deixar acontecer do não progresso verdadeiro, aquele que mantém a história viva na sua totalidade e trabalha para que as páginas futuras sejam igualmente memoráveis...

quinta-feira, julho 22, 2010

Alguns fantasmas permanecem vivos...


Outros fatos também corroboram para esta inusitada e obscura página deste passado, todo este centro histórico, símbolo de uma sociedade altamente rica e de palacetes, graças ao poderio deste coronelismo, também se confrontavam a crescente sociedade que se formava no entorno da cidade, que quando vila tinha seu cemitério localizado no largo da Matriz e que depois fora transferido para a atual Praça Getúlio Vargas, ao lado da centenária e lugar de assombrosas estórias, Escola Estadual Carvalho de Brito...
Hoje os fantasmas assombram de tempos em tempos, não o imaginário popular, mas as lacunas desta história que requer atenção e respeito aos seus heróis, que sequer tiveram uma lembrança  póstuma...




terça-feira, julho 13, 2010

Origens...

Pelo que entendo, nunca havia ouvido qualquer referencia neste sentido: Guaxupé distrito de Guaranésia?
Pois o fato se comprova e os livros de tombo de nossa história, tombados no sentido literal, sequer fazem justificativas ao fato e como todo o processo de emancipação do distrito ocorreu.
Talvez de forma prosaica, o progresso quis se solidificar nas terras dos coronéis ou aliar-se a propagação da fé.
Havia por esta ocasião, ideias revolucionárias de que os povoados que permitiam a construção de seminários e ou conventos cresciam, pois quando em atividade inúmeras famílias optavam por residir nas proximidades, dando desta forma subsídio aos filhos e filhas que ali estudariam e também o comércio crescia de forma exuberante.
Comprovando a teoria, um esboço que tive o prazer de ter em mãos, vislumbrava na época, a construção de um seminário onde hoje na cidade de Guaranésia, se encontra o cemitério. Não acatando a ideia tal projeto foi levado para Guaxupé.
A cidade conta hoje com seminário, um comércio pujante, uma universidade, uma cooperativa de café, diga-se de passagem a maior do mundo e nós... Bem nós temos um cemitério, por enquanto. Pois o mesmo além de alvo constante de vândalos está também com os dias contados.
Mas a história continua...

sexta-feira, julho 09, 2010

A névoa que paira sobre a cidade

Existe uma névoa que não se dissipa...
Ao longo dos anos ela se intensifica, deixa as coisas em obscuro...
As almas mortas ainda esperam por repouso
Mas a névoa é espessa e não deixa que a luz as toque.
Com o passar dos anos a névoa moral tornou-se física e palpável...
Hoje ela se espalha por sobre a história recente e a faz parecer antiquada e rota.
Talvez um dia poderemos respirar um ar mais puro e límpido e 
quem sabe as almas mortas possam repousar em paz...

quarta-feira, julho 07, 2010

De novo cobramos o tempo que passa

De tempo novo cobramos o tempo que passa... passou, ficou no passamento só de passagem.
Nossa história contada como um conto de fábulas, com milagres e coronéis.
Muito pouco se fala na escravidão que gerou rendas e impérios, no tráfico de mão de obra e pessoas que vindas de outras regiões e país que se sujeitaram a vontade deste ditos coronéis da época.
Muito pouco se sabe, que foram os patronos de nossas ruas e o que realmente fizeram por nossa terra.
Quantos sabem que Guaxupé nos idos de 1910, foi distrito de Guaranésia...
Muito tende e deve ser resgatado para a nossa história seja revivida e quem sabe todos entendam algumas questões atuais...

terça-feira, junho 29, 2010

De tempos em tempos as coisas mudam...


De tempos em tempos as coisas em Gardênia mudam... ou ficam emudecidas.
A história nos fala de épocas áureas, de vultos históricos, de uma cidade icone de um progresso para toda uma região. Esta um dia que sabe, poderia ter sido Gardenia.
Porém a história fica muda, os todos os fatos até mais recentes se "mudam" ou melhor dizendo ficam emudecidos. Pois a vontade do agora é que as coisas sejam como são e como querem que sejam e não como deveriam ou poderiam ser.
As Crônicas de Gardênia, apenas começam e partindo da primissa retórica do começo...
Há muito, muito tempo atrás...